Assassinato de Marielle Franco pode ter motivação política

O assassinato de Marielle Franco, vereadora carioca do PSOL , na noite desta quarta-feira (14), pode estar ligado à sua militância política.

O crime, que matou também o motorista que a levava, mobilizou o governo federal: o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann.

Ele telefonou para o interventor federal no Rio, general Walter Braga Netto, e colocou a Polícia Federal à disposição para auxiliar na investigação.

Segundo a VEJA, há oito dias, Marielle, acompanhava a  intervenção federal, como forma de coibir abusos das Forças Armadas e da polícia a moradores de comunidades.

Ela teria recebido denúncias envolvendo PMs que patrulham a Favela de Acari, na zona norte do Rio.

Moradores contaram, na primeira reunião do Observatório da Intervenção, no Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (Cesec), da Universidade Candido Mendes, que dois homens foram assassinados por policiais e tiveram os corpos jogados num valão.

De acordo com estes moradores, a PM vem se sentindo com licença para matar por conta da intervenção.

A vereadora compartilhou a notícia em seu perfil no Facebook, com a inscrição “Somos todos Acari, parem de nos matar”.

“Ela incomodava pequenas e grandes máfias”, revelou uma colega de partido de Marielle Franco.

 

Marielle Franco

Nascida no Complexo da Maré, conjunto de favelas da zona norte do Rio, Marielle, com 38 anos, tinha sua atuação pautada pela defesa de negros e pobres e denunciava a violência contra essa população.

 

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