O governo federal está cobrando novas explicações do ator da TV Globo, José de Abreu, sobre o uso de dinheiro público na produção de uma peça teatral.
Camila Paola Mosquella e José de Abreu
Incoerências no caso
Agora, o MinC (Ministério da Cultura) reabriu o caso após constatar novas incoerências em documentos que foram apresentados pelo casal, identificados pela CPI da Lei Rouanet. Segundo o processo administrativo que corre no governo, faltam explicações sobre despesas que chegam a 44 mil reais.
Segundo a VEJA, Nesse bolo entram suspeitas sobre nove notas fiscais que somam 35 mil e a ausência de comprovantes de gastos com passagens aéreas e hospedagem no valor de 9 mil.
As notas despertaram a atenção da CPI por terem sido todas preenchidas com a mesma caligrafia, sendo que foram emitidas por três empresas diferentes.
Outro problema é a numeração de notas emitidas pela Bravix Produções Artísticas e Cinematográficas Ltda, responsável pelos serviços de assessoria de imprensa e projeto gráfico do espetáculo: segundo os documentos apresentados, a nota de número 001382 tem a data de novembro de 2009. Já a nota 001385, que em tese deveria ser posterior à primeira, é datada de outubro do mesmo ano.
Devolução do dinheiro
Em novembro do ano passado ele teria que devolver aos cofres da União 300 000 reais que financiaram, via Lei Rouanet, para a realização da peça “Fala, Zé”. Camila Paola Mosquella, ex-mulher do ator, voltou a entrar no radar da prestação de contas do Ministério da Cultura.
O ator da Globo, chegou a ser convocado para dar explicações sobre o projeto à Comissão Parlamentar de Inquérito instalada na Câmara dos Deputados para investigar a aplicação de recursos concedidos a artistas pela lei de incentivo, de acordo com informações da VEJA.
Ator da Globo e ex-mulher eram casados na época
Quando Mosquella recebeu o dinheiro para a turnê do espetáculo, um monólogo que seria apresentado em vinte cidades brasileiras, os dois ainda eram casados. A verba veio da Petrobras, que pode abater dos seus impostos o valor patrocinado.
A ex-mulher do ator recorreu da decisão que cobrou a devolução dos recursos e teve as contas aprovadas após enviar declarações de casas de espetáculos e prefeituras que confirmaram a realização das apresentações nos municípios, o que não havia acontecido antes, de acordo com a VEJA.
Leia também: Canal de Pabllo Vittar é invadido e hackers colocam foto de Bolsonaro
Fonte VEJA