O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou legislação que autoriza aborto no Brasil e que permitiu a uma menina de 11 anos que foi estuprada interromper a gravidez.
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A menina de 11 anos conseguiu fazer a interrupção da gravidez num hospital federal de Santa Catarina após semanas impedida por uma decisão judicial.
Ao comentar o caso numa rede social, Bolsonaro afirmou que “não se discute a forma como ele [o feto] foi gerado, se está amparada ou não pela lei” e classificou o procedimento como “barbárie”.
“Um bebê de sete meses de gestação, não se discute a forma que ele foi gerado, se está amparada ou não pela lei”, escreveu Bolsonaro no Twitter.
O presidente disse saber que se trata de um caso sensível e que tanto a criança como o feto são vítimas. Nas postagens, o presidente destacou que o feto tinha 29 semanas. A legislação brasileira que autoriza o aborto não estabelece limite máximo de idade gestacional para interrupção da gravidez.
Bolsonaro afirmou, ainda, que pediu aos ministérios da Justiça e dos Direitos Humanos que investiguem o caso.
Em nota, o movimento “Me Too Brasil” disse que “repudia a absurda e violenta fala do presidente Jair Bolsonaro”.
“A vítima dessa tragédia é a criança, que , além da violência do estupro, teve seu direito legal ao aborto negado pela Justiça – o que prolongou o seu sofrimento – e, agora, recebe críticas conservadoras como a de Bolsonaro, que deveria ter o compromisso em zelar pelo efetivo respeito aos direitos fundamentais consagrados na Constituição Federal”, diz a nota.
fonte G1