Carmén Lúcia revela: “Se o brasileiro soubesse tudo o que sei, seria muito difícil dormir”

Carmén Lúcia,  presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), revelou que os brasileiros não dormiriam, se conhecessem tudo o que ela sabe.

A declaração foi dada pela ministra, durante a participação no Festival Piauí Globonews de Jornalismo, realizado em São Paulo.

A ministra falou sobre a situação dos presídios brasileiros, que segundo ela, estão totalmente dominados organizações criminosas.

“Hoje temos as questões gravíssimas de organizações criminosas dominando em todos os estados do Brasil. Por isso eu digo que não é cômodo nem confortável nenhuma poltrona na qual eu me assente, por uma singela circunstância: eu sou uma das pessoas que mais tendo informações não tenho a menor capacidade de ter sono no Brasil”.

“Se o brasileiro soubesse tudo o que sei, tendo visitado 15 penitenciárias masculinas e femininas, seria muito difícil dormir”.

“Vivemos tempos de muito tumulto. Para mim, infelizmente, eu estou na presidência do Supremo e o Brasile o Brasil quer uma solução para um mundo de tumulto”.

Carmén Lúcia fala sobre a JBS

Da deleção dos irmãos Joesley e Wesley Batista, da JBS, disse apenas que o Supremo ainda vai avaliar se houve ou não manipulação para a produção de provas.

Ela falou também do ex-procurador-geral da república, Rodrigo Janot, responsável por conduzir os acordos da colaboração dos empresários, “é experiente e muito preparado”.

“A colaboração premiada tem sido um instrumento necessário para chegar ao fatos para que a corrupção não prevaleça. Eventuais excessos serão corrigidos. Nenhuma investigação ou acusação para caso o procedimento não tenha sido perfeitamente aplicado. O vazamento é um erro”.

A presidente do Supremo, defendeu a democracia e disse não que não acredita no fato de acontecer uma intervenção militar.

Carmén, classificou como um desserviço qualquer fala de qualquer pessoa que seja contra a Constituição.

Sobre as declarações do ministro Gilmar Mendes, Cármem Lúcia se esquivou dizendo que Mendes tem todo o direito de se manifestar.

“Não pode um ministro calar o outro. Aliás, acho que ninguém pode calar ninguém”.

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