O general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, comandante geral do Exército, é um dos responsáveis por assegurar a defesa do país.
Ao mesmo tempo, é um homem que trava uma batalha pessoal com a própria saúde.
Em março deste ano, Villas Boas revelou em um vídeo, estar enfrentando uma doença neuromotora degenerativa que afeta a musculatura.
Cinco meses depois, com a mobilidade bastante restrita e a respiração mais ofegante, o comandante tem participado de eventos usando uma cadeira de rodas.
Em entrevista à BBC Brasil, por telefone, o próprio comandante classificou a situação dele como inaudita.
Mas garante que a saúde mais fragilizada, que contrasta com a imagem de um soldado pronto para a guerra, não é, para ele, motivo para ele deixar o posto.
O trabalho, diz ele, o ajuda a enfrentar a doença. Nos bastidores da caserna, porém, já se especula quem será seu sucessor.
Comandante fala sobre intervenção militar
Questionado sobre os pedidos de intervenção militar nos últimos anos, o Villas Bôas foi categórico em dizer que a própria sociedade brasileira é capaz de encontrar uma solução para a crise sem que isso ocorra.
“O Brasil tem um sistema que dispensa a sociedade de ser tutelada”, declarou.
O comandante falou também sobre o emprego e as limitações das Forças Armadas para conter a escalada da violência urbana.
Para ele, que mais de uma vez já criticou o uso delas em ações para garantir a manutenção da lei e da ordem em cidades, o Exército nas ruas pode melhorar a sensação de segurança apenas de forma passageira.
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