Com quatro horas de duração, a gravação que pode levar à anulação da delação premiada dos executivos da JBS, compromete quatro ministros Supremo Tribunal Federal e ex-assessor de Janot.
Uma dessas menções é considerada gravíssima pelos procuradores, embora as demais, nas palavras de quem as ouviu, também causem problemas aos envolvidos.
A expectativa é de que as gravações sejam divulgadas nessa terça-feira (5).
Gravações JBS
Joesley e Saud gravaram a conversa durante o processo de negociação da delação premiada com a Procuradoria.
Fontes que tiveram acesso ao áudio, revelaram para a VEJA que os ministros são citados pelos delatores Joesley Batista e Ricardo Saud em situações que denotam diferentes níveis de gravidade.
Algumas falas são consideradas até pequenas perto de outras, porém ruins para a imagem dos ministros. Mas uma delas, em especial, é grave por citar um dos onze ministros da corte em um episódio que parece mais comprometedor.
Ainda segundo informações da Veja, diz uma fonte, que no áudio ambos estavam sob efeito de álcool, de acordo com autoridades que trabalham no caso, não elimina a necessidade de investigação sobre o teor da conversa.
Ex-assessor da Procuradoria
Os dois delatores da JBS mencionaram também, o ex-procurador da República Marcelo Miller, que trocou a assessoria do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por um escritório de advocacia contratado pela JBS.
Marcelo Miller, foi o ex-procurador da Lava Jato e integrou o grupo de trabalho da Lava Jato na PGR (Procuradoria-Geral da República) entre 2014 e 2016, quando trabalhou como assessor e braço direito do procurador-geral, de Janot.
Joesley Batista e Ricardo Saud dão a entender na gravação que no mesmo período que Miller auxiliava Janot na Lava Jato, ele já trabalhava para a JBS.
Leia Também: Morre a atriz Rogéria, aos 74 anos, no Rio de Janeiro
Fonte VEJA