Segundo informação revelada pela Folha de S. Paulo, nessa quarta-feira (14), o Instituto Brasileiro de Direito Público (IDP), em que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes é sócio, recebeu nesses últimos dois anos cerca de R$ 2,1 milhões em patrocínios do grupo J&F, que comanda a JBS.
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De acordo com a reportagem da Folha de São Paulo, parte dos os recursos foram para cinco eventos, além de suporte a um grupo de estudos em Direito do Trabalho, da concessão de bolsas de estudo para estudantes carentes e egressos do sistema prisional e cursos gratuitos para a comunidade. Um dos cinco eventos em que o dinheiro foi utilizado foi um congresso em Portugal, do qual participaram juízes, ministros do governo Michel Temer, advogados e políticos.
Quando questionado, o Instituto Brasileiro de Direito Público disse ter devolvido R$ 650 mil no dia 29 de maio, após a divulgação do acordo de delação premiada de Joesley Batista. Porém, a JBS revelou ao jornal ter gastado R$ 1,45 milhão desde 2015 mas nem ao menos mencionou a devolução de R$ 650 mil.
Instituto Brasileiro de Direito Público
Para a reportagem, o IDP contou ao jornal que até a delação, a conduta das empresas do grupo J&F estava sendo considerada exemplar.
“As ofertas de patrocínio, para qualquer empresa, são formuladas pela administração e pelo jurídico do IDP, por escrito. A exposição da marca é sempre decisão unilateral do patrocinador”, afirmou o instituto.
Gilmar Mendes, por meio de sua assessoria afirmou que: “Não sou, nem nunca fui , administrador do IDP. Sendo assim, não há como me manifestar sobre questões relativas à administração desse instituto”.
Ao jornal à JBS se esquivou e não respondeu várias questões pontuadas pelo jornal, como por exemplo: Quem fez os pedidos em nome do IDP? Houve solicitação por parte de Gilmar Mendes? A empresa também patrocina eventos de outras faculdades?.
Fonte Exame