As influencers Kérollen Cunha e Nancy Gonçalves foram acusadas de racismo após um vídeo em que as duas entregam um macaco de pelúcia, uma banana e dinheiro para crianças negras viralizar nas redes sociais.
Após as imagens, as mulheres estão sendo investigadas pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi).
No Instagram e Tik Tok, onde compartilham uma conta juntas, Kérollen e Nancy dizem ser mãe e filha. Em vídeos no YouTube, no entanto, elas esclarecem ser meias-irmãs de pais diferentes.
Nancy já contou em uma publicação que pegou Kérollen para criar após a mãe das duas afirmar que daria a menina para adoção.
As duas colecionam mais de 1,1 milhão de seguidores no Instagram e postam conteúdos de humor e testes de cosméticos famosos.
Mas não é a primeira vez que as duas, que são mãe e filha, se envolvem em polêmicas. Em 2021, elas se filmaram humilhando um motorista de aplicativo.
Defesa de Kérollen e Nancy diz que vídeos foram tirados de contexto
Na gravação, a dupla afirmava que o veículo do homem tinha “cheiro podre”. Uma delas chega a dizer que o motivo para tanto era o cabelo do motorista. A publicação foi tirada do ar pelas influenciadoras após as polêmicas.
À época, após serem acusadas de racismo, Kérollen e Nancy se retrataram por meio de um vídeo e afirmaram que tudo não passou de uma “trolagem”.
Advogados das Influencers Kérollen Cunha e Nancy Gonçalves, mãe e filha acusadas de racismo contra crianças negras no RJ, se pronunciaram sobre o assunto no fim da noite desta quarta-feira em uma nota oficial publicada nas redes sociais.
O texto atesta que as influencers foram injustamente acusadas porque os vídeos que circulam na internet nos quais elas aparecem entregando bananas e macaquinhos de pelúcia como presentes às crianças foram tirados de contexto.
Leia a nota na íntegra abaixo:
“Em relação às acusações de racismo feitas contra as influenciadoras Kérollen Cunha e Nancy Gonçalves, a assessoria jurídica reconhece a seriedade e a importância de tratar o assunto com responsabilidade e diligência.
A assessoria jurídica ressalta que as influenciadoras estão consternadas com as alegações que foram feitas e repudiam veementemente qualquer forma de discriminação racial. Reforçam ainda o compromisso em promover a inclusão, diversidade e igualdade em suas plataformas.
Ressaltam que naquele contexto não havia intenção de fazer qualquer referência a temáticas raciais ou a discriminação de minorias.
Nada disso estava em pauta.
Sendo assim, gostariam de se dirigir às pessoas que se sentiram diretamente atingidas, para dizer que não tiveram intenção de as ofender individualmente, nem como gênero, etnia, classe ou categoria a que elas pertençam.
É essencial analisar os fatos de forma justa e imparcial antes de tirar qualquer conclusão. As publicações em questão foram retiradas de contexto e interpretadas de maneira distorcida. As influenciadoras não tiveram a intenção de promover o racismo ou ofender qualquer indivíduo ou grupo étnico.
Importante considerar também a reputação e a trajetória profissional das influenciadoras. Elas têm sido defensoras ativas da igualdade racial e vêm trabalhando para aumentar a conscientização sobre questões relacionadas à discriminação e inclusão. Ao longo de suas carreiras, Kérollen e Nancy têm colaborado com organizações que promovem a diversidade e se envolvido em projetos sociais voltados para a inclusão de minorias.