O ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci, tenta negociar que sua pena seja cumprida em prisão domiciliar em acordo de delação premiada, ele promete delatar todas as irregularidades que presenciou.
Palocci, está preso desde Setembro de 2016, ele tem elaborado a sua proposta de delação com a Procuradoria-Geral da República e a força tarefa da Lava Jato em Curitiba.
De acordo com a Folha de São Paulo, informações da Folha de S.Paulo, no acordo Palocci vai delatar fazendo denúncias dos banqueiros, empresários e até mesmo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo as informações da publicação, Palocci se mostrou cooperativo em revelar todos detalhes de operações irregulares que foram realizadas pelo ex-presidente Lula e um dos donos do BTG Pactual, André Esteves, e o empresário Abílio Diniz, ex-dono do Pão de Açúcar.
Das informações sobre o ex-presidente, os procuradores querem que Palocci confirme as informações que foram tratadas por ex-executivos da Odebrecht a respeito de Lula. Segundo a Folha, o ex-ministro teria sinalizado positivamente, principalmente sobre à conta “Amigo”.
Marcelo Odebrecht, o ex-presidente da empreiteira, revelou que Palocci operava uma conta-propina, que era destinada aos assuntos políticos de Lula.
Palocci também pretende delatar um outro episódio sobre o ex-presidente Lula, o do suposto benefício financeiro obtido pelo petista na criação da empresa Sete Brasil, em 2010.
Antonio Palocci
Antonio Palocci Filho, é um médico e político brasileiro, membro do Partido dos Trabalhadores, nacionalmente famoso por ter ocupado o cargo de ministro da Fazenda no governo Lula até 27 de março de 2006
Como servidor da Secretaria de Saúde do estado, criou o ambulatório de saúde do trabalhador. Também chefiou a diretoria regional da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Aos 28 anos, depois de ocupar cargos em associações de classe, sindicatos e na Central Única dos Trabalhadores (CUT), disputou seu primeiro cargo eletivo como vereador. Cogitou-se que ele seria o candidato do PT ao governo de São Paulo em 2010. No entanto, não se candidatou e foi coordenador da campanha de Dilma Rousseff.
Em 3 de novembro de 2016, o juiz federal Sérgio Moro aceitou a denúncia do Ministério Público Federal e Palocci tornou-se réu da Operação Lava Jato.
Fonte Folha