Nesta quinta-feira (6), Luiz Fernando Pezão (PMDB), governador do Rio de Janeiro, depôs como testemunha de defesa de seu antecessor e padrinho político Sérgio Cabral, preso em novembro na Operação Calicute, desdobramento da Lava Jato, em seu depoimento ao Juiz Federal Sérgio Moro, disse que não tinha conhecimento das propinas que foram pagas para Sérgio Cabral, ex-governador.
Luiz Fernando Pezão, que foi vice nos dois mandatos de Cabral, foi chamado para depor em ação penal sobre corrupção na Petrobrás. “Nunca, comigo nunca”, foi a resposta de Pezão ao ser questionado se Sérgio Cabral já havia comentado algo com ele sobre pagamentos relativos a obras do estado. Além disso ele disse também que não sabia se o ex-governador preso interferiu em contratos com a Petrobras.
De acordo com G1, Pezão relatou que, como secretário, teve participação em reuniões no Palácio das Laranjeiras com Paulo Roberto Costa, ex-diretor de abastecimento na Petrobras e condenado na Lava Jato, porém apenas falou com ele de informações que eram importantes ao estado.
Pezão prestou seu depoimento por meio de videoconferência, esse processo está apurando o suposto pagamento de propina a Sérgio Cabral a partir do contrato da Petrobras com o Consórcio Terraplanagem Comperj, formado pelas empresas Andrade Gutierrez, Odebrecht e Queiroz Galvão.
O governador deixou bem claro a sua amizade com Cabral e que respeita a família do ex-governador. “Que se dê o direito de defesa dele. Se errou, as penas têm que ser cumpridas. Claro que não é uma situação confortável. Sempre gostei muito do Sérgio.”
Pezão comentou também, sobre a acusação feita por Jonas Lopes Neto, na delação premiada. “É uma mentira deslavada. Nem conheço Jonas Lopes Neto. Tenho muita tranquilidade quanto a essas acusações. Quem conhece meu padrão de vida, sabe. Nem meus quatro anos de salário chegam a um dinheiro desses. A única coisa que eu sei é que vou processá-lo”.
FONTE G1