O ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, disse que não vai se esconder atrás de uma candidatura e que brigará até as últimas consequências para disputar as eleições em 2018.
O petista afirmou ainda que não quer ser candidato se for culpado e que seria uma leviandade disputar a Presidência da República no ano que vem se houvesse alguma prova contra ele.
“Não quero ser candidato por ser candidato, não quero ser candidato se for culpado. Seria leviandade. Quero brigar para provar minha inocência. Eles que apresentem uma única prova de culpa contra mim”.
“A única coisa que não quero é ser condenado [sendo] inocente. Por isso vou brigar até as últimas consequências. A tentativa é para evitar que o PT volte ao poder. No Brasil ainda estamos meio anestesiados”, completou Lula.
Durante o discurso, ele usou um tom mais combativo e falou que a estratégia de disputa política que será a bandeira de sua eventual campanha, pedindo que o PT erga a cabeça e enfrente os críticos e adversários.
Lula
Se Lula for condenado pelo TRF-4, ficará inelegível devido à Lei da Ficha Limpa. Ele pode, porém, se manter na disputa eleitoral por meio de recursos.
A data do julgamento surpreendeu o ex-presidente e aliados, que esperavam um agendamento para março, o que permitiria à defesa postergar a decisão com recursos até o prazo para a inscrição dos candidatos, em agosto de 2018.
Lula preferiu dizer que não criticaria a pressa da Justiça.
“Não posso falar muito sobre a data. Sempre critiquei a Justiça morosa. Agora que eles apressaram, eu não vou criticar. Eu não faço um monte de coisa que eu queria. Se eu pudesse, marcaria a data para depois das eleições. Eles façam o que quiserem. Só quero que eles leiam o processo”.
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