OAB entra com pedido de Impeachment contra Michel Temer

No último sábado (20),  o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), decidiu por 25 votos a 1,  aprovar o relatório que recomenda que a entidade ingresse com pedido de impeachment do presidente Michel Temer. A reunião durou mais de sete horas.  O pedido será protocolado nos próximos dias na Câmara dos Deputados.

A única que votou contra o pedido de Impeachment foi a representante do Amapá,  as outras unidades da federação votaram a favor. O Acre, que estava ausente, não votou. Cada voto representa a OAB de um estado ou do Distrito Federal (DF).

Pedido de Impeachment

Foi formada uma comissão por seis conselheiros federais para elaborar o relatório. Eles chegaram a conclusão de que “as condutas do presidente da República, constantes de inquérito do STF, atentam contra o artigo 85 da Constituição e podem dar ensejo para pedido de abertura de processo de impeachment”.

Na reunião do Conselho Federal da OAB, o advogado Gustavo Guedes, que estava na defesa do presidente Michel Temer, solicitou mais tempo para apresentar a defesa diante do órgão, Carlos Marun, advogado e deputado do PMDB, também pediu que o conselho esperasse uma perícia sobre os áudios antes de tomar qualquer decisão.

Na votação, 19 das 27 bancadas que representam os estados decidiram pela rejeição dos argumentos da defesa. Sete bancadas (AL, AP, DF, MA, MT, PR e SC) foram favoráveis ao pedido da defesa. A bancada do Acre não votou. Diante das votações, o pedido da defesa foi rejeitado.

Claudio Lamachia, o presidente nacional da OAB, falou sobre a crise política que o Brasil está passando. “Estamos a pedir o impeachment de mais um presidente da República, o segundo em uma gestão de um ano e quatro meses. Tenho honra e orgulho de ver a OAB cumprindo seu papel, mesmo que com tristeza, porque atuamos em defesa do cidadão, pelo cidadão e em respeito ao cidadão. Esta é a OAB que tem sua história confundida com a democracia brasileira e mais uma vez cumprimos nosso papel”, comentou.

Fonte UOL