Pastora Juliana Salles, mãe dos irmãos mortos e estuprados, é presa em MG

A pastora Juliana Salles, teve o seu pedido de prisão cumprido na noite da última Terça-Feira (19), na cidade de Teófilo Otoni, no interior de Minas Gerais.

Juliana é casada com o pastor George Alves, principal acusado do estupro e morte dos irmãos Kauã Salles e Joaquim Alves.

Em abril, as crianças morreram carbonizadas dentro do quarto onde dormiam em Linhares, no Espírito Santo.

Acusação pastora Juliana Salles

Quem expediu o mandado de prisão em desfavor de Juliana, foi o juiz André Bijos Dadalto, da 1ª Vara Criminal de Linhares.

A acusação contra a pastora, que acabou sendo acatada pelo juiz, foi feita pela promotora Rachel Tannembaum, segundo informações da Gazeta Online.

Ela acusa a pastora Juliana Salles de saber do risco que as crianças sofriam ao deixa-las sobre os cuidados de George Alves e viajar para um congresso evangélico.

Sendo assim, a promotoria concluiu que Juliana cometeu crime de omissão, e por tanto, deverá ser responsabilizada pela morte das crianças.

Juliana responderá por dois homicídios, dois estupros e por fraude processual.

Confira 15 pontos listados no inquérito, para entender melhor como o crime ocorreu:

1 – Perto de uma escrivaninha que ficava no box de um banheiro da casa, a polícia confirmou ter encontrado sangue de uma das vítimas.

2 – A polícia não tem dúvidas de que, durante a madrugada, o pastor molestou as duas crianças. Isso aconteceu antes das agressões.

3 – Depois de agredir as crianças, elas acabaram ficando desacordadas, nesse momento, o pastor colocou os dois na cama e ateou fogo em ambos, ainda respirando.

4 – A pericia concluiu que  as crianças não morreram por inalar fumaça, e que elas não reagiram por que estavam desacordadas.

5 – A teoria de que algum problema elétrico teria causado o incêndio, foi rapidamente descartada, já que não foram encontrados nenhum vestígios de curto-circuito.

6 – Uma babá eletrônica foi encontrada no quarto, mas ela estava intacta, o que comprova a tese de que o incêndio não se originou por problema elétrico.

7 – O pastor escolheu passear na rua depois de atear fogo contra as crianças. Ele foi visto em vários lugares depois do crime.

8 – Antes do incêndio, testemunhas relataram ter ouvido gritos das crianças, durante os momentos da agressão.

9 – Vizinhos precisaram derrubar o portão quando chegaram ao local, na tentativa de salvar as crianças.

10 – A perícia constatou que as vítimas morreram no mesmo local em que o incêndio iniciou, confirmando a versão de que 11  estavam desacordadas quando as chamas começaram.

11 – A mãe das crianças não teve envolvimento direto no crime

12 – A polícia revelou não ter nenhuma previsão de que outras pessoas possam ser indiciadas, já que, o pastor estava sozinho

13 – em casa, e cometeu os crimes enquanto a mãe participava de um congresso evangélico.

14 – A justiça deverá receber o inquérito policial do caso, ainda na próxima semana.

15 Se condenado, o pastor poderá responder  por duplo homicídio triplamente qualificado e duplo estupro de vulnerável. A soma máxima das penas é de 126 anos.

A polícia confirmou ainda, que não existem registros de outros casos de pedofilia envolvendo o pastor.

 

Leia também Após caso de assédio, José Mayer, está com problema grave de saúde