Na madrugada do último domingo (30), o cantor Belchior morreu em Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul, durante o sono, de acordo com informações do delegado Luciano Menezes, responsável pela investigação da causa da morte do artista de 70 anos.
Segundo as informações do jornal “Folha de S.Paulo”, a autópsia revelou que o artista, que foi encontrado por sua esposa na sala de estar da casa onde morava, faleceu após uma dissecção da aorta, que se trata de uma ruptura da parede da principal artéria do corpo humano, causando grande sangramento.
No sábado (29), de acordo com a esposa de Belchior, Edna Prometeu, ele reclamou de frio e dores nas costas. Ela perguntou se o compositor iria dormir e ele respondeu que ficaria um pouco mais no sofá. O músico pediu um cobertor e ficou escutando música clássica em seu local favorito da casa, uma sala dos fundos da residência.
Edna Prometeu comentou também em depoimento que o amado não tinha problemas de saúde e não tomava medicamentos.
Sobre Belchior
Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes, conhecido simplesmente como Belchior (Sobral, 26 de outubro de 1946 – Santa Cruz do Sul, 30 de abril de 2017), foi um cantor e compositor brasileiro. Foi um dos primeiros cantores de MPB do nordeste brasileiro a fazer sucesso nacional, em meados da década de 1970.
Durante sua infância, no Ceará, foi cantador de feira e poeta repentista. Estudou música coral e piano com Acácio Halley. Seu pai tocava flauta e saxofone e sua mãe cantava em coro de igreja. Tinha tios poetas e boêmios. Ainda criança, recebeu influência dos cantores do rádio Ângela Maria, Cauby Peixoto e Nora Ney. Foi programador de rádio em Sobral. Em 1962, mudou-se para Fortaleza, onde estudou Filosofia e Humanidades. Começou a estudar Medicina, mas abandonou o curso no quarto ano, em 1971, para dedicar-se à carreira artística. Ligou-se a um grupo de jovens compositores e músicos, como Fagner, Ednardo, Rodger Rogério, Teti, Cirino entre outros, conhecidos como o Pessoal do Ceará.