Citando um discurso do Papa Francisco sobre corrupção, a nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, de assumiu nessa segunda-feira (18) o cargo deixado por Rodrigo Janot.
“O Papa Francisco nos ensina que a corrupção não é um ato, mas uma condição, um estado pessoal e social, no qual a pessoa se habitua a viver. O corrupto está tão fechado e satisfeito em alimentar a sua autossuficiência que não se deixa questionar por nada e ninguém”.
Em toda a história do Brasil ela é a primeira mulher a assumir o posto de procuradora-geral, o foco do seu pronunciamento foi combate à corrupção e a coragem, segundo o site Terra.
“Peço a proteção de Deus para que, nos momentos em que eu for colocada à prova, não hesite”, disse Raquel Dodge, focando seu pronunciamento em coragem e combate à corrupção.
A cerimônia de posse aconteceu em Brasília e contou com a presença do presidente Michel Temer, que embarca ainda hoje para Nova York.
Temer vai jantar com o republicano Donald Trump e discursará na Assembleia-Geral das Nações Unidas.
Rodrigo Janot, por sua vez, não compareceu na cerimônia, pois segundo ele alegou que não foi convidado para o evento.
Temer critica Raquel Dodge
Em seu discurso na cerimônia, o presidente do Brasil, criticou a nova procuradora e o Ministério Público, advertindo que a autoridade suprema é a lei e não as pessoas que ocupam os cargos.
Ainda de acordo com o Terra, o peemedebista também alertou sobre os riscos de ultrapassar os limites da lei:
“O poder não é nosso, é do povo”, falou Temer, que sempre criticou Janot, acusando-o de desestabilizar a harmonia entre os poderes.
Nos bastidores, Dodge é vista como uma pessoa reservada, a qual, diferentemente de Janot, não deverá assumir o protagonismo na condução da Operação Lava Jato – encargo que ficará com o procurador José Alfredo de Paula Silva.
Raquel Dodge
Raquel Elias Ferreira Dodge é uma jurista brasileira, atual procuradora-geral da República do Brasil.
É bacharel em direito pela Universidade de Brasília e mestre em direito pela Universidade de Harvard.
Membro do Ministério Público Federal desde 1987, integrou a 3ª Câmara de Coordenação e Revisão e o Conselho Superior do Ministério Público. Foi Coordenadora da Câmara Criminal do MPF.