O goleiro Bruno terá de voltar à prisão. A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) revogou nesta terça-feira o habeas corpus que permitia que ele aguardasse em liberdade o recurso de sua condenação a 22 anos e três meses pela sua participação na morte de Eliza Samudio.
Após seis anos e meio de detenção, Fernandes foi solto no dia 24 de fevereiro graças a um habeas corpus concedido pelo ministro do STF Marco Aurélio Mello. O ministro considerou excessiva a demora da análise de um recurso apresentado pelos advogados do jogador. O pedido foi enviado à Justiça em 2013 e, até hoje, não foi apreciado. Assim, para o entendimento de Mello, Fernades teria o direito de aguardar o julgamento em liberdade.
O pedido foi feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que afirmou que a liminar deveria ser revogada porque o processo demorou para ser analisado em Segunda Instância em razão dos recursos apresentados pela defesa do goleiro Bruno , que estariam adiando o julgamento. Além disso, Janot pediu que os ministros indefiram o habeas corpus, que está pronto para ser julgado em definitivo.
Bruno estava fora da prisão desde 24 de fevereiro, quando Marco Aurélio de Mello lhe concedeu um habeas corpus para que ele aguardasse em liberdade o recurso do julgamento pela morte de Eliza Samudio. No mês seguinte, o goleiro assinou com o Boa Esporte.
O goleiro Bruno foi contratado pelo Boa Esporte no dia 13 de março, duas semanas depois de ser liberado e criou uma reação negativa de todos. Menos de um mês depois, no dia 8 de abril, estreou pela equipe e desde então tem sido titular na fase final do Módulo 2 e já atuou em cinco jogos.
Embora sua chegada tenha causado uma repercussão negativa em Varginha e gerado uma fuga de patrocinadores, o clube boveta manteve o goleiro no elenco. Após estrear diante do Uberaba, foram oito partidas em seu retorno ao futebol, defendendo a equipe no Módulo 2 do Campeonato Mineiro.
FONTE UOL ESPORTES