Indo contra a vontade dos pais, seguidores da religião Testemunha de Jeová, um recém-nascido recebeu uma transfusão de sangue.
O procedimento foi autorizado pela Justiça de São José do Rio Preto, em São Paulo, nesta terça-feira (24). Após o procedimento, o bebê de 11 dias segue internado na Irmandade da Santa Casa de Misericórdia, nesta quarta (25), em estado estável.
Segundo informações do G1, a mãe já tinha negado, em carta, transfusão sanguínea:
“Estou orientada pela equipe médica da UTI da Santa Casa que meu filho LGSN [ocultamos a informação em prol da criança] ainda apresenta distúrbio de coagulação e anemia, mesmo utilizando as medicações eritropoetina noripurum e transamin. Estou ciente de que meu filho corre risco de sangramento ativo a qualquer momento com risco de morte. E mesmo sabendo de todos os riscos e gravidade, não autorizo as transfusões sanguíneas”, diz a carta assinada pela mãe do bebê.
Com o diagnóstico de hemorragia no estômago e quadro grave de anemia, a Santa Casa entrou com um pedido de tutela antecipada, sob justificativa de que o paciente poderia morrer se não fizesse o procedimento.
O juiz da 1ª Vara Cível, Lavínio Donizetti Paschoalão acatou o pedido do hospital.
“Preservada a garantia constitucional do direito à crença e culto religioso, o direito à vida é de ser tutelado em primeiro lugar pelo Estado, dada ordem de grandeza que envolve um e outro direito, evidenciando a presença do fumus boni juris”, justificou.
Testemunha de Jeová
São uma denominação cristã que possuem adeptos em 240 países e territórios autônomos, com cerca de 8,3 milhões de praticantes, apesar de reunirem um número superior de simpatizantes.
São conhecidas pelo seu trabalho regular e persistente de pregação de seus princípios e dogmas de casa em casa, nas ruas e em locais públicos.
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