O rompimento ocorreu no início da tarde de hoje, na Mina Feijão. A Vale informou sobre o acidente à Secretaria do Estado de Meio-Ambiente às 13h37. Os rejeitos atingiram a área administrativa da companhia e parte da comunidade da Vila Ferteco.
De acordo com o presidente da Vale, Fábio Schvartsman, que seguirá para Brumadinho, no momento do acidente havia muitos funcionários da empresa na barragem .
— A região é de acesso muito difícil e uma região muito afastada. Tinham muitos funcionários da Vale no momento. Infelizmente, deve ter muitas vítimas.
O rompimento de duas barragens da Vale possivelmente é um dos maiores crimes ambientais da história da mineração no Brasil, ao lado do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), em 2015.
Segundo Clara Paiva Izidoro, consultora de empresas e moradora de Casa Branca, distrito de Brumadinho, já havia entre os moradores um temor de que um desastre dessa natureza ocorresse.
“Nós vamos ter um impacto imenso. Nós já vínhamos reconhecendo que várias barragens andavam com risco e isso tem relação com abalos sísmicos pequenos que estão acontecendo na região. Isso significa que, se houve um sismo nessa região, que tem muitas barragens, ainda podemos ter outros eventos. Então, esta é uma área de muito risco”, explica.