Uma mulher que disse ter sido abusada sexualmente pelo médium João de Deus cometeu suicídio nesta quarta-feira (12/12), após se desesperar ao ver que o líder espiritual foi trabalhar normalmente.
As informações foram dadas pela ativista social Sabrina Bittencourt à colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.
Segundo o jornal, a família da vítima nunca acreditou nas denúncias feitas por ela, e todos seriam seguidores de João. À Folha, Sabrina disse estar muito abalada e precisar de medicamentos desde que soube da notícia. O advogado dela a orientou a não divulgar nenhum detalhe da morte.
Pedido de prisão
O Ministério Público de Goiás (MPGO) pediu à Justiça, na tarde desta quarta-feira (12), a prisão preventiva do médium João de Deus, acusado de abusar sexualmente de centenas de mulheres, segundo relatos de vítimas que têm se multiplicado nos últimos dias.
A data do pedido, protocolado no Fórum de Abadiânia (GO), coincide com a volta do líder espiritual à Casa Dom Inácio de Loyola, no município goiano situado no Entorno do DF.
Desde a divulgação do escândalo, na madrugada de sábado (8), no programa da TV Globo Conversa com Bial, o paradeiro dele era desconhecido.
Primeira aparição de João de Deus após escândalo
O líder espiritual conhecido mundialmente entrou na sala de orações e falou rapidamente com os seguidores. João de Deus ficou sete minutos no local e disse que “não tinha condições de trabalhar”.
Na saída disse: “Sou inocente”. A primeira aparição de João de Deus foi marcada por um grande tumulto. Seguidores chegaram a agredir verbal e fisicamente os jornalistas presentes. “Vocês terão câncer e vão voltar aqui para se curar”, disparou uma mulher.
João de Deus foi embora da Casa Dom Inácio e tomou rumo desconhecido. De acordo com a assessora, Edna Gomes, ele teve um pico de pressão. Segundo uma voluntária que pediu para não ser identificada disse ao Metrópoles, o médium teria ido a São Paulo após deixar o município goiano.
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